Talvez muita gente não saiba, mas existe uma relação direta entre a nossa capacidade de movimento e de nos mantermos em equilíbrio com problemas no ouvido.
A verdade é que os nossos ouvidos não nos auxiliam somente para ouvir. Eles atuam de forma coordenada com outros sistemas do nosso corpo, fazendo com que determinados distúrbios do equilíbrio sejam decorrentes de distúrbios auditivos.
Nesse sentido, a tão famosa labirintite tem tudo a ver com esses problemas, sendo uma das responsáveis pela perda auditiva.
Entenda mais sobre essa relação.
O nosso ouvido possui duas estruturas que são essenciais para o equilíbrio do corpo: a cóclea e o vestíbulo.
A cóclea é uma cavidade em forma de espiral, que se encarrega da audição e que transforma as ondas sonoras em impulsos nervosos, que na sequência são identificados pelo cérebro e pelo vestíbulo.
O vestíbulo é um conjunto de canais semicirculares, responsável pelo equilíbrio, que, em combinação com a cóclea, formam o que se denomina de labirinto.
Órgão preenchido por líquido e formado por estruturas que se encarregam de perceber estímulos sonoros, movimentos de cabeça e captação da verticalidade, o labirinto apresenta inúmeras porções sensoriais.
Desse modo, quando ocorre alguma inflamação dessas estruturas, comprometendo o seu funcionamento, uma mensagem equivocada é enviada para o cérebro, provocando o que se chama de labirintite.
A labirintite é a expressão mais comum para se referir a um problema que compromete não apenas o equilíbrio, mas também a audição, considerando que ela atinge de forma direta o labirinto.
Ela geralmente se manifesta após os 40 ou 50 anos e se caracteriza por sintomas como tonturas ou vertigens, desequilíbrios e instabilidade, movimentos involuntários dos olhos, náuseas, vômitos, suor excessivo, entre outros.
Algumas doenças podem provocar crises de labirintite, como processos inflamatórios, infecciosos e tumorais, enfermidades neurológicas, compressões, bem como alterações genéticas.
Níveis excessivos de colesterol, triglicérides e ácido úrico são outros fatores capazes de desencadear um funcionamento sanguíneo insatisfatório em regiões cerebrais e do labirinto.
Entre os sintomas mais comuns da labirintite, e um dos mais inconvenientes, está a perda auditiva.
A depender da parte do labirinto afetada pela inflamação, a capacidade auditiva pode ficar provisoriamente prejudicada. É o que se chama de “surdez flutuante”, em razão de que há alternância entre momentos de queda e de melhora da audição.
Por ser uma infecção do ouvido interno, quando o labirinto fica inchado e inflamado, a labirintite pode se manifestar com a perda de audição, zumbido e sensação de pressão no ouvido, dentre outros problemas auditivos.
Os sintomas, geralmente, tendem a passar em alguns dias e existe tratamento e cura para a maior parte dessas condições, com a audição retornando ao normal na sequência.
No caso de infecções mais graves, pode haver danos permanentes, com a perda auditiva se prolongando.
Sendo assim, é fundamental saber que todas as manifestações da labirintite podem provocar perdas de audição, seja nos estágios mais leves até os quadros definitivos.