Diferente da maioria dos problemas que causam a
perda de audição, que costumam acontecer devido a exposição constante a ruídos
e surgem mais comumente em pessoas de idade mais avançada, a otosclerose é uma
doença hereditária, que acomete, na maioria dos casos, jovens na faixa entre 20
e 30 anos e, embora possa afetar homens e mulheres, é mais comum ao sexo
feminino.
A partir de agora, entenda o que é a otosclerose, suas causas e tratamento. Boa
leitura!
A otosclerose é uma doença hereditária provocada pela calcificação e
crescimento anormal do tecido ósseo, ou seja, do osso que forma o ouvido
interno, levando à fixação do estribo de forma progressiva e, consequentemente,
dificultando a transmissão do som.
O estribo é um ossículo originalmente móvel, localizado nas vias auditivas,
cujo movimento é responsável pela transmissão do som e vibrações sonoras para
as estruturas do ouvido interno.
Quando o estribo perde sua mobilidade e se torna fixo, as demais estruturas
auriculares, como a cóclea, por exemplo, também perdem a capacidade de
funcionar adequadamente, bloqueando total ou parcialmente a transmissão dos
sons para a orelha interna, resultando na perda gradativa da audição.
A otosclerose pode se manifestar em duas fases. A primeira delas é conhecida
como otospongiose, que acontece quando o ossículo ainda está imaturo e não
fixado. Já a segunda fase é a otosclerose propriamente dita, quando o estribo
há está maduro e completamente fixado.
Há ainda a possibilidade de a doença afetar apenas a cóclea (região do ouvido
interno que contém as terminações nervosas responsáveis pela audição), sendo
chamada de otosclerose coclear.
Embora a maioria dos casos de otosclerose seja causada por condições genéticas,
existem alguns fatores que podem contribuir para o aparecimento da doença,
como: distúrbios vasculares, metabólicos, hormonais e autoimunes, infecções por
vírus e traumatismos.
O sintoma principal da otosclerose é a perda auditiva, que acontece de forma
gradativa, podendo atingir um ou ambos os ouvidos. Inicialmente, o paciente
apresenta dificuldade para escutar sons de baixa frequência e, conforme a
patologia avança, passa a ter dificuldades também em ouvir sons de média e alta
frequência.
Além disso, outros sintomas recorrentes da otosclerose são: zumbidos no ouvido,
vertigens, tontura e perda do equilíbrio.
Embora ainda não haja uma cura definitiva para a otosclerose, existem alguns
tratamentos que podem impedir o avanço da doença, aliviar os sintomas e
facilitar a vida de quem convive com ela.
Em casos em que a doença ainda não esteja tão avançada, é possível utilizar
medicamentos à base de bifosfonatos e fluoreto de sódio para controlar o quadro
e evitar sua progressão. Porém, tais medicamentos não levam a melhora da
audição, portanto, caso a perda auditiva já esteja avançada, outros tratamentos
devem ser acionados.
Em casos em que a perda auditiva já estiver acentuada, o uso de aparelhos
auditivos é capaz de garantir uma audição de qualidade e reduzir os sintomas da
doença. Nesses casos, o tipo de aparelho indicado são os Aparelhos de
Amplificação Sonora Individual (AASI).
Por fim, quando a doença continua a progredir e o aparelho deixa de ser eficaz,
o ideal é recorrer à cirurgia, que acontece com o objetivo de retirar o estribo
fixado e substituí-lo por uma prótese.
Existem poucos casos em que a cirurgia para o tratamento da otosclerose não é
indicada e seu risco é baixo, chegando a apenas 1%, desde que feita por
profissionais qualificados e experientes.
Lembre-se sempre de cuidar da sua saúde auditiva e para mais dicas e
informações, acesse nossos outros artigos. Para ter acesso aos melhores
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