Você já ouviu falar em Min e as Mãozinhas?
A animação é o primeiro desenho disponível no YouTube totalmente em libras. Ao
longo deste artigo, vamos contar um pouco mais sobre ele e como surgiu a ideia.
Vamos lá?
Tudo começou quando o diretor e criador do desenho animado teve contato pela
primeira vez em sua vida com uma criança surda. Ele tentou se comunicar com ela
e percebeu que simplesmente não sabia como fazer isso. Foi então que, aos 27
anos, Paulo Henrique dos Santos teve a ideia de desenvolver do zero um desenho
animado e nacional para as crianças com algum tipo de deficiência auditiva.
Em entrevista ao G1, repercutida também pela revista Pais & Filhos, da Uol,
Paulo falou sobre sua ideia e como ela foi se desenvolvendo. “Eu achei um
absurdo estar ao lado de uma pessoa brasileira e simplesmente não saber como me
comunicar com ela. Foi então que percebi que há um grande despreparo da grande
maioria das pessoas para se comunicar com indivíduos surdos”.
A dificuldade de comunicação com pessoas surdas definitivamente não é algo
exclusivo do Paulo – e ele percebeu que uma boa parcela dos brasileiros também
não estava preparado para esse tipo de inclusão. Foi então que ele começou a
refletir em como poderia contribuir para que as crianças e jovens surdos
pudessem ser socialmente incluídos no cenário do audiovisual, onde ele atua e
tem experiência de longos anos.
A personagem principal do desenho é a Yasmin – carinhosamente apelidada de Min.
Ela é uma garota surda que está sempre em busca de novas aventuras ao lado do
seu melhor amigo, o esquilo. Além dele, outros personagens vão aparecendo no
decorrer da série.
Por enquanto, apenas a primeira temporada do desenho já foi desenvolvida – mas
só o primeiro episódio já está pronto e disponível para acesso de todos no
YouTube. Outros 12 episódios, no entanto, já estão engatilhados para
continuação dessa primeira sequência.
Neste primeiro episódio, cinco sinais em libras são ensinados para os
coleguinhas de Min – para que eles aprendam a se comunicar com ela e, é claro,
com o restante da comunidade surda. A ideia é que o desenho seja bem intuitivo,
inclusivo e, é claro, informativo. Entre as palavras ensinadas nesse primeiro
episódio estão o clássico “Oi” e o nome dos coleguinhas.
Paulo tem dado muitas entrevistas e participado de campanhas para viabilizar a
continuidade do projeto. Atualmente, ele está em busca de empresas e parceiros
que auxiliem nos custos da produção do desenho. Além disso, o diretor também
disponibilizou uma página de crownfunding, ou seja, de financiamento coletivo
para ajudar nos custos do projeto. Sendo assim, até você que está lendo aí
também pode contribuir.
Já imaginou que incrível fazer parte de um projeto lindo como esse? Só depende
de você!
A meta é arrecadar, por meio desse financiamento, R$ 900 por mês. Para conhecer
mais sobre o projeto e ajudar em sua produção é só