O teste de triagem auditiva neonatal, popularmente conhecido como teste da orelhinha, é um exame auditivo de extrema importância para o recém-nascido.
Trata-se de um procedimento para avaliar o funcionamento da audição do bebê, podendo detectar precocemente se existe algum grau de surdez em seus ouvidos.
O teste da orelhinha é gratuito e não oferece nenhum risco à criança, sendo realizado normalmente entre os três primeiros dias de vida do bebê.
Em algumas ocasiões, o exame deve ser repetido após 1 mês, principalmente se o bebê tiver algum risco maior de alterações auditivas, como em casos de prematuridade, baixo peso ou se a mãe teve alguma infecção durante a gravidez.
O teste da orelhinha é um procedimento bastante simples e não causa nenhum incômodo ao bebê. O médico insere um aparelho na orelha do recém-nascido que emite um som monitorado através de uma pequeno cateter, que também é inserido na orelhinha da criança.
Feito isso, um prazo de 5 a 10 minutos já é suficiente para obter o resultado. O médico, então, poderá esclarecer se existe alguma alteração e se algo deve ser melhor investigado para um possível tratamento.
Caso haja alguma alteração, o bebê deve ser encaminhado para a realização de exames de audição mais completos, para que o diagnóstico seja concluído e o tratamento adequado seja indicado para ser iniciado o mais breve possível.
Em agosto de 2010, foi sancionada a lei Nº 12.303, que garante a obrigatoriedade do exame ser feito em todos os hospitais, e ainda, deve ser realizado na própria maternidade do hospital onde o bebê nasceu. Já as crianças que nasceram fora do ambiente hospitalar, devem fazer o teste de triagem auditiva neonatal em até 3 meses.
No entanto, considerando que o bebê tenha nascido em dependências hospitalares, o recomendável é que o teste da orelhinha seja realizado a partir de 48 horas de vida.
Importante ressaltar que em algumas situações o exame deve ser repetido, como em casos de nascimento prematuro e peso baixo, como já citado no início do texto.
Mas também, em situações onde a mãe tenha contraído alguma infecção durante a gestação, histórico de danos auditivos na família, uso de antibióticos após o parto e má formação dos ossos da face que envolva a orelha. Nestes casos, é recomendável que o teste seja repetido após 30 dias.
Caso não haja nenhuma alteração auditiva e o bebê esteja livre de qualquer um dos riscos citados acima, não haverá necessidade de refazer o teste.
Entretanto, se houver alguma alteração após o exame, o médico prontamente encaminhará para novos exames mais aprimorados.
Se confirmada a perda da audição do recém-nascido, ele e a família serão encaminhados para um programa de intervenção precoce, o qual tem a missão de orientar os pais ou responsáveis sobre a necessidade do uso de aparelhos auditivos, possíveis implantes e fonoterapia.
Lembrando que um fonoaudiólogo possui um importantíssimo papel em todas as fases desse processo.
Se você ainda tiver alguma dúvida sobre a importância do teste da orelhinha, não deixe de conversar com o médico que acompanha sua gestação ou até mesmo com algum outro profissional da área da saúde, que certamente vai ajudar a esclarecer suas dúvidas relacionadas ao assunto.
Fontes de pesquisa:
Tua Saúde:
https://www.tuasaude.com/teste-da-orelhinha/
Aparelhos Auditivos:
https://aeraparelhosauditivos.com.br/teste-da-orelhinha/
Procogni:
https://procogni.com.br/2019/10/01/teste-da-orelhinha-entenda-os-beneficios/